Durante os últimos meses, a SPPA manteve suas atividades no formato on-line, agora com mais experiência e naturalidade. “O amplo alcance oferecido pela internet, tanto pelas atividades virtuais como pelo uso de mídias sociais, proporcionou uma divulgação ainda maior da Sociedade no âmbito nacional e também internacional”, constata o psicanalista Emílio Salle, à frente da Diretoria de Divulgação e Ações Junto à Comunidade.

As ações solidárias realizadas pela SPPA seguem no mesmo formato do ano passado, distribuídas em dois eixos: um deles preferencialmente com os educadores, através dos grupos SMED e Pescar, e o outro eixo dando prosseguimento ao Acolhimento Solidário para o RS: covid-19, uma ação em conjunto com outras instituições gaúchas de saúde mental. Como um desdobramento do Acolhimento Solidário, está sendo criada uma comissão de trabalho em parceria com a UNICEF (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância) para avaliar a possibilidade de participação no auxílio aos voluntários que atendem adolescentes do projeto Pode Falar, que visa o contato e o acolhimento de adolescentes em todo o país.

O Café Literário vem ocorrendo desde o mês de abril. Através dos livros escolhidos, buscou-se ampliar a compreensão psicanalítica das tramas emocionais em diferentes culturas. Assim, Hang Kang, jovem sul coreana, que, com o seu romance A vegetariana em 2016 venceu o Man Booker International Prize, foi a escolhida para abrir a atividade esse ano. Seguiu-se com o clássico Dom Casmurro de Machado de Assis, demonstrando o reconhecimento da sua obra. A escolha seguinte recaiu sobre uma das graphic novels mais influentes de todos os tempos, Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons. As mais belas coisas do mundo, do português Valter Hugo Mãe, um conto emocionante que reconstitui em profundidade a relação de afeto e os valores da vida entre um menino e os seus avós, é o selecionado para o mês de agosto. Intimista e envolvente, o livro A simples beleza do inesperado, do astrofísico brasileiro Marcelo Gleiser, vencedor do Prêmio Jabuti, a leitura de setembro, é uma lição de humildade, uma busca pelo sentido da vida e compreensão dos fenômenos naturais. Para outubro, mês da criança, optou-se pelo livro Pinocchio de Carlo Collidi. Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida, de Xinran, um testemunho real da história de mulheres chinesas que tiveram a vida marcada pela política do filho único, é a escolha de novembro. Por fim, para encerrar as atividades do ano, elegeu-se Carta ao pai, de Franz Kafka, publicação póstuma de uma carta escrita ao seu pai, a qual nunca foi enviada.

Em março, a SPPA iniciou uma parceria com uma empresa júnior (Petra Jr.), composta por alunos de graduação do Instituto de Geociências da UFRGS. A atividade envolve reuniões mensais coordenadas por Renato Piltcher, membro da SPPA, tendo por objetivo abordar angústias e sentimentos relacionados à pandemia. Foram realizados três encontros do grupo, denominado GAE (Grupo de Apoio Emocional).

Ainda dentro do objetivo de buscar uma maior aproximação com as universidades, a SPPA, em parceria com a Liga de Psiquiatria e Saúde Mental da UFCSPA e da UFRGS (LIPSAM), promove duas atividades: em julho, a segunda edição do Conversas Psicanalíticas, desta vez com a temática Sonhos e a pandemia – escolhida pelos acadêmicos –, com a psicanalista Luciane Falcão. Em agosto, ocorrerá a terceira edição do Arte e Loucura, quando a psicanalista Maria Regina Ortiz representará a SPPA na mesa Literatura no divã.

Dando continuidade à parceria SPPA/MP/CAO (Centro de Apoio Operacional), a SPPA participou das reuniões do Fórum Permanente de Prevenção ao Fornecimento e ao Consumo de Bebida Alcoólica na Infância e Adolescência e do Fórum Permanente de Prevenção ao Combate da Violência Sexual, representada pela psicanalista Suzana Fortes, buscando auxiliar no enfrentamento dessas importantes questões.

No mês de maio, a SPPA retomou uma parceria com a OAB-RS (Ordem dos Advogados do Brasil do RS), através da ESA (Escola Superior de Advocacia), intitulada Cine ESA: Direito e Psicanálise. Esta atividade tem como objetivo realizar uma interface entre aspectos jurídicos e psicanalíticos, a partir de algum filme que envolva os dois temas. A primeira atividade aconteceu no início de julho, com a presença da psicanalista Lúcia Thaler, discutindo o filme Crimes de Família.