Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

ANO 20 • • Nº 37

ÓRGÃO OFICIAL DA SOCIEDADE PSICANALÍTICA DE PORTO ALEGRE

Porto Alegre | RS

Comitê de Psicanálise de Casal e Família completou um ano em junho:

saudade, estudo e fortalecimento

  • Comitê estudou o livro Amores en crisis – intevenciones psiconalíticas con parejas, do psicanalista Miguel A. Spivacow

O Comitê de Psicanálise de Casal e Família completou um ano em junho e, desde o início, contou com a presença constante da psicanalista Marlene Araújo. Seu entusiasmo e confiança no projeto de uma organização mais sistemática dos estudos nessa área sempre estimulou o grupo a prosseguir. “Era muito bom contar com essa representante da história da nossa SPPA ao vivo, compartilhando suas tantas experiências”, afirma a coordenadora do Comitê, Carmem Keidann. “Os comentários consistentes de Marlene, tanto sobre os textos estudados quanto sobre vivências clínicas, enriqueciam e suscitavam mais questões. Sua ausência será muito sentida. Nossa tristeza é grande. Sentimos uma gratidão enorme por tudo que ela representou para todos nós”, continua Carmem.

Este ano o Comitê propôs-se a estudar o livro Amores en crisis – intevenciones psiconalíticas con parejas – recém-chegado de Buenos Aires, de autoria do psicanalista Miguel A. Spivacow, falecido há um ano. Durante o mesmo período, surgiu um convite do Comitê de Psicanálise com Casais e Famílias (COFAP-IPA), possibilitando que alguns membros do grupo participassem de três reuniões. Uma delas com a futura presidente da IPA, psicanalista Harriet L. Wolfe, que apresentou o seu trabalho El complejo fraterno y el apego a los hermanos: implicaciones para el conflito y su resolución en las instituciones psicoanalíticas. Outra com a psicanalista Mary Morgan, de Londres, apresentando algumas ideias sobre a psicanálise de casais na Clínica Tavistock; e, mais recentemente, uma reunião com o Chair da COFAP, David Scharff, compartilhando sua experiência no atendimento de casais.

O Comitê reconhece que, nesse momento de pandemia e isolamento, os encontros de grupo em que podem desabafar, trocar ideias e estudar, mesmo que de forma on-line, fortalecem e são essenciais aos profissionais.

Por fim, o Comitê destaca a menção da Drª. Harriet sobre a necessidade da inserção da psicanálise na comunidade, o que foi ilustrado com a experiência inédita de um dos Institutos da Califórnia, que incluiu na formação analítica um terceiro relatório sobre uma atividade comunitária.